Antes de nos aprofundar no assunto, é importante termos em mente o conceito de higienização. A higienização se divide em duas etapas bastante distintas, que são a limpeza e a sanificação. A limpeza é responsável pela remoção de sujidade que podemos enxergar. Já a sanificação (sanitização) é a eliminação a níveis satisfatórios de germes e bactérias, ou seja, do que não podemos enxergar a olho nu. Uma higienização eficiente requer energia química (saneante) + energia mecânica (esfregação, por exemplo) + energia térmica (temperatura) + tempo (tempo de ação do saneante).
Os saneantes são utilizados nas duas etapas da higienização. Apenas para remoção de sujidades, como na sanitização de ambientes, equipamentos e acessórios, tanto em nossos lares, como nas indústrias, lavanderias hospitalares, por exemplo.
Podemos exemplificar como saneantes o detergente líquido, detergente em pó, sabão em pó, cera, água sanitária, desinfetantes e inseticidas.
É importante combater o comércio de saneantes clandestinos. Aqueles que não possuem registro nos órgãos reguladores, como a Anvisa. Por conta disso são extremamente perigosos, pois não passam por nenhum tipo de avaliação. Assim, não são eficazes na eliminação de germes ou não limpam as superfícies como deveriam. Geralmente são vendidos por vendedores ambulantes, não possuem rótulos e os que possuem, não contém todas as informações como requer a legislação.
Além de não funcionarem corretamente, podem causar queimaduras, problemas respiratórios, irritações e graves intoxicações. Em caso de acidentes com um saneante clandestino, o usuário não poderá recorrer a FISPQ (Ficha de Segurança de Produto Químico), pois não possuem. É nela que contém todas as informações necessárias para os primeiros socorros e avaliação médica.
Classificação dos saneantes
- neutro: remoção de resíduos a base de carboidratos (pH 7)
- alcalinos: remoção de resíduos protéicos e gordurosos (pH > 7)
- ácidos: remoção de incrustações inorgânicas (pH < 7)